Durante muito tempo, ao se falar em cinema independente ou projetos culturais ligados ao audiovisual, o pensamento imediatamente se voltava para as grandes capitais, produtoras renomadas e orçamentos robustos. Mas essa realidade está mudando – e de forma bastante positiva.
Nos últimos anos, temos acompanhado o fortalecimento das produções audiovisuais culturais realizadas por pequenas produtoras e coletivos criativos do interior de São Paulo e de outras regiões fora dos grandes centros. Esse movimento acompanha a crescente profissionalização do setor e o acesso mais democrático às leis de incentivo à cultura.
Hoje, é possível produzir curtas e médias-metragens com alto padrão técnico, respeitando todos os critérios exigidos pelos editais, prazos e comprovações, mesmo estando longe dos grandes polos de produção. Mas mais do que aprovar um projeto, é preciso garantir a entrega com qualidade.
Muito além de uma ideia aprovada
Por trás de um filme, seja ele de 5 ou 30 minutos, existe uma cadeia de profissionais altamente qualificados que movimenta a economia local e gera empregos. São ilustradores, roteiristas, diretores, operadores de câmera, iluminadores, técnicos de som direto, editores, especialistas em motion graphics, coloristas e muitos outros profissionais que fazem parte dessa engrenagem chamada audiovisual.
Essa cadeia, que antes era vista apenas em grandes sets de filmagem, agora começa a ganhar força em regiões menores. Isso não apenas estimula a economia criativa local, mas também revela talentos que, muitas vezes, estavam à margem da indústria por falta de oportunidade ou estrutura.
Mais do que acesso aos recursos financeiros via editais, é fundamental que esses projetos contem com uma retaguarda técnica sólida. Ter ao lado uma produtora comprometida com todas as etapas – da pré-produção à entrega final – faz toda a diferença para garantir que o material cumpra as exigências legais e também encante o público.
Dois caminhos: trâmite e execução
Ao pensar em viabilizar um projeto com recursos incentivados, muitos artistas e criadores se concentram apenas no trâmite legal. E, de fato, essa parte é essencial. É preciso entender leis como a Rouanet, o ProAC, e saber navegar entre planilhas, prestação de contas, contratações com CNPJ, emissão de notas fiscais, cronogramas físicos e financeiros, entre outros pontos técnicos exigidos pelos órgãos públicos.
Contudo, aprovar um projeto é apenas parte do processo. O outro caminho, muitas vezes negligenciado, é o que transforma a ideia em realidade. E aqui entra a execução: a entrega técnica, artística e narrativa do projeto.
Essa etapa exige domínio de linguagem cinematográfica, direção criativa, coordenação de equipe e domínio técnico – da captação de som à finalização de imagem. Sem isso, o projeto corre o risco de ser entregue dentro dos padrões legais, mas com um resultado aquém do que poderia artisticamente oferecer.
É aí que mora a diferença entre simplesmente realizar e verdadeiramente impactar.
O interior também entrega cinema de verdade
A Jota Audiovisual, por exemplo, é uma dessas produtoras que vem se destacando por entregar resultados com o mesmo nível técnico e artístico de grandes produções nacionais, mas com uma compreensão mais próxima da realidade dos artistas e criadores do interior.
Com sede em Jaú, no interior de São Paulo, a produtora vem construindo uma trajetória sólida ao unir visão criativa, direção de arte apurada e uma equipe técnica capacitada para lidar com projetos culturais de diferentes portes.
Em breve, vamos lançar um filme, junto a empresas parceiras de produção, um projeto audiovisual que simboliza exatamente isso. Uma produção feita com critério, sensibilidade e profissionalismo. Uma amostra do que é possível fazer quando talento, estrutura e propósito se encontram.